La dame du Tage

thierry riou: voz
gustavo roriz: viola caipira
gabriel godoi: violão 7 cordas
maximo ciuro: baixo acústico

letra e música: thierry riou
arranjos: gustavo roriz

site: www.thierry-riou.com
Fb: thierry riou: : https://www.facebook.com/Thierry-Riou-902874109741696/


Letras em português
A Senhora do Tejo
1
Deixaste flutura na minha memória
Melodias para uma bela história
Que eu queria contar, que eu queria cantar.
Nós os dois, num sonho de verão

Foi numa noite com a minha guitarra
Pensando em ti, não vais acreditar
Ainda te vejo, com as tuas cores
Brincando com a minha alma de sonhador

Tu és tão linda, tu és tão doce
Quando a luz se põe na tua boca
Tu brilhas tu maravilhas
Beleza selvagem de curvas pouco tímidas

Tu queimaste os meus anos de juventude
Tu queimaste a esperança de uma tranquilidade
Por todos os teus sentidos sem desvio, inspiras o amor.

2
E sobre a tua pele brilhava aquela inocência
Que faz acreditar ao ouro da infância
Tu sabias entregar-te quando sabiamos amar-te
Oferecendo o teu doce rosto perfumado

Eu sei muito bem, escrevendo esta história
Que faço parte dos amantes de passagem
Que depressa esquecerás, quando as costas eu terei virado.

Tu és tão linda mas infiel
Quando o rio reflete-se na tua pele
Tu brilhas, tu enfeitiças
Os olhos que encontram o teu amor

Tu deitaste-te no fundo da minha memória
Sem nunca querer me fazer acreditar
Que eu era o único a amar-te, o que seria de mim se o fosse...

3
Mas a tua beleza não deixou de mármore
Os traficantes, os mercantes sem lágrima
para te livrar da tua identidade
Em leilão a tua alma era atirada

Venderam-te para um mercado de pedras
Tu vendeste-te ou deixaste-os fazer
Oferecendo aos mais ricos o teu pátio
As tuas ruelas, os teus jardins, o teu amor

Lisboa minha linda, tu és cruela
Mas o teu calor tem a suavidade do veludo
Tu eras aquela que enfeitiçava
Aquele que te queria para sempre

Eu perdi-te numa noite de luz
Onde ofereceste fragmentos de maravilha
Queimando sempre tudo o que te tocava, pensavas que isso era amor
Afogarei a minha tristeza no Tejo, certamente
Mas voltarei logo amanhã...